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Os portugueses são dos cidadãos da União Europeia com menores taxas de participação em atividades culturais, segundo o relatório do Eurobarómetro. São números que “não nos ficam bem”, diz o secretário de
Estado da Cultura. Falta de investimento, fraca aposta na educação e baixo poder de compra explicam parte destes resultados dizem diversos 
especialistas e responsáveis.

Vamos menos ao cinema, quase não vamos a bibliotecas públicas nem visitamos museus. A espetáculos de teatro, dança ou ópera vamos muito pouco; só a concertos, de vez em quando. Não temos grande interesse em ler um livro, nem costumamos visitar monumentos. Mas vemos e ouvimos muita televisão e rádio. O retrato não nos deixa ficar bem, mas é assim mesmo que, em traços largos, saímos representados no inquérito do Eurobarómetro sobre a
participação em atividades culturais na União Europeia. Nele, Portugal surge ao fundo da tabela, ao lado de países como a Roménia ou a Bulgária. O que significa que os portugueses - tal como os romenos ou os búlgaros – quase não se envolveram no último ano em atividades culturais. A crise económica explica parte dos números, mas diz-nos quem conhece o meio que o problema está muito para além disso. Falta estimular o ensino cultural nas escolas. 

PORQUE CONTINUAMOS A NÃO CONSUMIR CULTURA?

FALTA DE EDUCAÇÃO E DINHEIRO 

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OZ MAGAZINE

A MAGAZINE UNDERGROUND QUE DEU ORIGEM AO JULGAMENTO DA INDECÊNCIA BRITÂNICA

Em 1970, os editores da OZ magazine deram as rédeas editorias da revista a um grupo de adolescentes. Pouco tempo depois, a polícia apareceu.

Numa festa de ano novo, em 1969, Richard Neville, jornalista australiano, recorreu ao seu coeditor da OZ magazine e confessou em tom alarmante que se estava a tornar velho e aborrecido. Na altura, pode ter parecido absurdo.
No entanto, menos de seis semanas depois, na edição de fevereiro de 1970 da revista, os editores colocaram nas suas páginas de trás, um anúncio oficial. “Aqui na OZ, alguns de nós estão a sentir-se velhos e aborrecidos,”
começa, “deste modo, convidamos os leitores da revista com menos de 18 anos, a virem e editarem a edição de abril.” As candidaturas podiam ser individuais ou em grupo e os participantes escolhidos, não seriam pagos. Em vez disso, os editores escreveram, “Vão poder usufruir, praticamente, de total liberdade editorial. Os funcionários da OZ vão auxiliar exclusivamente na função administrativa.”

 

Foi o melhor dos tempos, o pior dos tempos – começa Dickens no seu romance, Tale of Two Cities. Com uma dualidade semelhante, podemos iniciar o nosso relato sobre o movimento de contracultura do século XX, que despontou nos anos 60 e marcou a última metade do século anterior no ativismo, movimentos sociais e artes.

 

A Contracultura, por si só, não pode ser explicada se o seu antagonista não é descrito e definido. Para ser contra algo, o outro tem de existir, e neste caso, é a cultura mainstream dos EUA e da Europa Ocidental e Setentrional da altura. Outra característica importante para qualquer movimento ser considerado como contracultural, é a sua massa crítica.

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A posição de contracultura pode ser facilmente proclamada, mas se o movimento não tiver poder suficiente ou membros do grupo para iniciar uma mudança social, ou sequer ser detetado, não nos podemos referir ao movimento de contracultura. Outro aspeto que é mencionado no início – a dualidade da contracultura – diz respeito a uma incerteza geral no que toca aos aspetos positivos e negativos deste movimento.

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CONTRACULTURA

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