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Cinco Quadros 

de Artistas Pouco Apreciadas

Uma pequena galeria que apresenta cinco quadros de cinco mulheres que são símbolos da luta pela igualdade de género na arte.

Caroline Mao

HerCampus

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A História da Arte não é só para nerds de humanidades que passam demasiado tempo em museus (ou na WikiArt se são como eu e não conseguem viajar) – grande parte dela é acessível ao público geral. No entanto, mulheres artistas, como um todo, são definitivamente desvalorizadas comparativamente a homens artistas. por isso, apresentadas em baixo, estão algumas pinturas dessas artistas.

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Margaret Macdonald foi uma pioneira precoce da Arte Nouveau, um movimento artístico do século XX que dava
enfâse a formas naturais e orgânicas. Margaret é conhecida por ter inspirado Gustav Klimt, que pintou o famoso
"O Beijo".

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Contudo, as obras de Macdonald como O Jardim Misterioso, são mais interessantes porque retratam sempre as mulheres de maneiras serenas, vagamente etéreas e soberanas, que as fazem parecer deusas. Por outro lado, a mulher n’O Beijo parece passiva e quase adormecida.

"o jardim misterioso" de margaret macdonal mackintosh

"A nossa resposta à arte deriva de uma irrepressível vontade de recriar nos nossos cérebros, o processo criativo – cognitivo, emocional, empático – através da maneira em que o artista produziu a sua obra. Esta urgência criativa doartista e do observador presume-se que explique, essencialmente, a razão pela qual todos os grupos de sereshumanos, de todas as idades e em todos os lugares tenham criado imagens, apesar da arte não ser uma necessidade física para a sobrevivência. A arte é uma inerentemente prazerosa e instrutiva tentativa do artista e do observador, comunicarem e partilharem entre os mesmos, o processo criativo que caracteriza todos os cérebros humanos – um processo que conduz a um momento de Aha!, o reconhecimento repentino de que vimos o interior da mente de uma pessoa, que nos permite ver a verdade subjacente

em ambas, a beleza e a fealdade,

retratadas pelo artista.

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Artemisia Gentileschi - Jael and Sisera - 1620

"Jael e Sísera" de Artemisia Gentileschi

Artemisia Gentileschi foi violada por um amigo

do seu pai aos 18 anos e torturada em tribunal quando depôs contra ele. Enquanto isso, o seu violador saiu impune. Se virem o seu famoso Judite Decapitando Holofernes (não a versão
de Caravaggio), sabem que ela estava furiosa.

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Esta pintura baseia-se na história bíblica de Jael

(a mulher à direita) e Sísera (o homem que dorme); Jael matou Sísera, o general, para salvar Israel do exército do Rei Jabim.

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Quem precisa dos relógios derretidos do Dali e formigas quando temos os felinos adoravelmente felpudos da contemporânea surrealista Varo?

 

Se é uma pessoa que prefere cães, digo-lhe como dona de um cão que é obrigatório amar este quadro. Se é uma pessoa que prefere gatos, tem razão.

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Apesar de Varo pertencer a variados círculos sociais de poetas e artistas, incluindo os Surrealistas, esta disse que “Atualmente, não pertenço a nenhum grupo; eu pinto o que me ocorre e é isso.” Apesar de ter crescido na Europa, ter enfrentado agitação política e até detenção, Varo desfrutou da tranquilidade de viver no México – a tranquilidade que está implícita nas cores suaves do cenário florestal pacífico da pintura.

"Paraíso dos gatos" de Remedios Varo

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"Paisagem do Arizona" de Dorothea Tanning

Sempre que examino o olhar de alguém nas pinturas de Dorothea Tanning, penso “miúda, eu sinto o mesmo.”


Enquanto apreciava o quadro, aprendi que Tanning vivia no Arizona. Aparentemente, a paisagem era demasiado
vermelha, sendo assim, fez um autorretrato em azul. Adoro, principalmente, a expressão, embora definitivamente pintasse o cabelo nessa cor.

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Falando em estragar o meu cabelo, todos o queremos fazer ocasionalmente e simplesmente transformarmo-nos no exterior e interior. Especialmente após um rompimento, algo que Frida Kahlo claramente compreendia, considerando o quão disfuncional o seu casamento era.


“A sério?” consigo ouvir-te dizer à medida que olhas para esta pintura. “Toda a gente conhece a Frida Kahlo!”


Quanto a isso digo que, sim, todos a conhecemos como a esposa de Diego Rivera.

Mas os autorretratos de Kahlo relevam-na de tantas maneiras diferentes, e como esta é muito mais do que a esposa de alguém.

"Autorretrato de Cabelos Cortados" de Frida Kahlo

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